Televisão interactiva
A televisão interactiva é um conceito heterógeneo, visto que existem várias definições. Uma das ideias que podemos considerar é que a televisão interactiva permite a possibilidade ao telespectador de interferir no conteúdo televisivo. O IDATE (Institute de l’Audiovisuel e des Télécommunicacions en Europe) define televisão interactiva como um serviço, disponível através de emissão de televisão, que difere da contínua transmissão de programas vídeo.
Esta forma de televisão é um sistema de comunicação total, que possui televisão, acesso a páginas web, programas interactivos, compra de produtos, etc., através de um ecrã de televisão. Lekakos considera que a televisão interactiva (iTv) combina os recursos da televisão tradicional com os recursos interactivos e oferece novas possibilidades ao telespectador para que este possa ter acesso a informações relevantes e outros serviços a uma distância de um clique.
Uma das definições consideradas, é que a “televisão interactiva concretiza-se em aplicações tecnológicas nas quais a televisão é utilizada como terminal interactivo para disponibilizar diversos serviços.” Abreu (2007)
Canadian Radio-television and Telecommunications Commission considera que iTV refere-se a capacidade de interagir com a televisão e consequentemente a capacidade de ter acesso a uma gama de serviços. Aplicações que usam o serviço por cabo para prestar serviços de televisão são consideradas serviços de televisão interactiva.
De uma forma geral podemos considerar a televisão interactiva como “…qualquer solução que permita que o telespectador e os produtores do canal, programa ou serviço de televisão consigam estabelecer um diálogo.” Abreu (2007)
IPTV
A IPTV é um serviço de televisão digital oferecido sobre uma rede IP através de uma ligação de banda larga. A IPTV rentabiliza as infra-estruturas dos tradicionais operadores de telecomunicações sobre a normal rede telefónica, permitida pela tecnologia ADSL. A junção de IP+TV é a expressão de convergência de voz, vídeo e dados. Este conceito é por vezes confundido com o conceito de web tv (o computador é utilizado para assistir a programas e canais de televisão). O serviço de IPTV possibilita o uso de uma rede de banda larga para fornecer conteúdo de TV potencialmente acrescido de serviços interactivos.
Na IPTV os canais são disponibilizados a pedido. Este serviço opera de forma diferente dos sistemas tradicionais de televisão, visto que só os programas seleccionados e os conteúdos pedidos são distribuídos ao consumidor. A IPTV dispõe duas vias de comunicação, dando uma verdadeira interactividade entre o utilizador e o sistema.
A cada vez maior utilização da internet aliada à crescente evolução das tecnologias de distribuição de banda larga bem como a maior exigência do consumidor, levou ao aparecimento de um novo serviço designado por IPTV, Internet Protocol Television, baseada num novo conceito de televisão, no qual, a interactividade do sistema com o cliente é fulcral. A IPTV oferece serviços de voz, vídeo e data através de uma única conexão.
A transmissão é feita via internet, através de ligações de banda larga em redes privadas, sendo o sinal recebido e descodificado por uma Set-Top-Box e finalmente reproduzido no televisor. Alguns dos factores mais importantes para o desenvolvimento da IPTV, foram as evoluções na compressão de vídeo, tecnologias de gestão dos Digital Media Rights, IP Multicast.
O facto de a distribuição ser feita através de redes privadas e não públicas permite que a Qualidade de Serviços (QoS) e a Qualidade da Experiência (QoE) se mantenham bastante aceitáveis.
O aparecimento da IPTV tornou necessário garantir maior robustez na transmissão quer das redes locais, quer das redes domésticas. O objectivo de minimizar retransmissões levou a uma melhoria ao nível do controlo de erros e mecanismos de recuperação dos mesmos.
A qualidade de serviços (QoS – Quality of Services) implica ter em conta disponibilidade, prioridade e atraso. Streams de voz, vídeo e informação requerem diferentes tratamentos por parte da QoS e têm de ser diferenciados de acordo com a sua prioridade.
O atraso é um dos factores que mais influência a QoS. Por exemplo, o atraso de pacotes IP de um stream de víideo afecta a qualidade visual dos conteúdos multimédia. Por outro lado, o atraso também se torna útil quando se efectuam pedidos de mudança de canal e é necessário entregar o pedido ao Service Node em tempo útil.
No entanto, e apesar dos progressos feitos ao nível da QoS, existe sempre a possibilidade do stream apresentar erros. No caso do unicast não é tão preocupante pois a STB pode pedir o reenvio dos pacotes. No caso do multicast isto já não é possível, pois o stream só é enviado uma vez, não havendo retransmissões. Para resolver esta situação utiliza-se o mecanismo de Forward Error Correction (FEC) que consiste no envio de pacotes redundantes juntamente com o stream. Estes pacotes redundantes são projectados de modo a detectarem os erros e a corrigirem-nos. A utilização deste tipo de mecanismo aumenta o overhead da rede.
Inerente à QoS está um dos principais objectivos da IPTV, permitir ao utilizador a melhor qualidade de experiência (QoE – Quality of Experience) possível. A QoE, no entanto, avalia a satisfação do utilizador relativamente ao serviço de IPTV, tornando-se um conceito mais abstracto do que a QoS.
É importante referir que a QoE não se limita à qualidade da imagem mas também aos seguintes aspectos: fidelidade da informação, qualidade visual e auditiva; usabilidade: interface intuitiva para o utilizador; receptividade, tempos de resposta rápidos a pedidos do utilizador; segurança, autentificação do utilizador e protecção dos conteúdos de vídeo; e disponibilidade/fiabilidade, serviços sempre acessíveis ao utilizador
Vantagens | Desvantagens |
· Não necessita de espectro radiofónico, uma vez que é um serviço fornecido por cabo | · Possibilidade de ocorrência de perda de pacotes de informação mesmo a taxe de erros de transmissão por cabo ser menor. |
· Integração de televisão, voz e dados através de um só fornecedor, pois torna o serviço mais vantajoso em termos de custo | · Dependência à largura de banda (exemplo, se o utilizador não tiver largura de banda suficiente na sua ligação pode não ser capaz de usufruir de um serviço de HDTV) |
· Serviço extremamente interactivo (permite grande controlo sobre a escolha dos conteúdos mas também é uma vantagem para o utilizador que pode desfrutar de uma experiência melhor) | · Não portabilidade da IPTV, ou seja, não se pode transportar a STB (Set-Top-Box) para outra residência e utilizar o serviço. |
Bibliografia usada:
ABREU,Jorge Ferraz, Design de Serviços e Interfaces num Contexto de Televisão Interactiva.
Portugal: Universidade de Aveiro, Departamento de Comunicação e Arte. Dissertação de Douturamento, 2007.
FERNANDES, Raquel, A televisão interactiva : o exemplo da current Tv
Portugal: Faculdade das Ciências Humanas e Sociais
http://www.img.lx.it.pt/~fp/cav/ano2009_
http://www.citi.pt/homepages/espaco/html/t
http://www2.ufp.pt/~lmbg/monografias/sli
http://www.img.lx.it.pt/~fp/cav/ano2009_
http://pt.wikipedia.org/wiki/IPTV
http://www.youtube.com/watch?v=CkyTL7d9x
http://www.youtube.com/watch?v=oG1m9Ulgf
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